quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Roda viva

Não me esqueço de uma terça feira à noite, há algumas semanas atrás, quando recebi um monte de telefonemas preocupados de filhos, namorado e mãe, sondando, com muito jeito, se estava tudo bem comigo.
Era a primeira noite sem o Theo e a Cla, depois de divertidos 12 dias...
A princípio me espantei com tanta atenção ... eu estava bem, curtindo minha tv e descansando de um dia de trabalho. Não via o porquê de tanta preocupação.
O Ton me disse, quando questionei o motivo de tanto alarde, que todos esperavam que eu estivesse aos prantos, triste de saudades.
Aí o espanto foi maior.... de acordo com meus ultimos 52 anos, deveria ser essa mesma a minha situação! E eu estava calma, feliz até.
Lembrei, então, de quando eu ensinava, com muito carinho, meus filhos bebês a perceber que idas sempre tem vindas (pelo menos na maior parte das situações), seja brincando de "cuca/achou", seja fazendo tchauzinho risonho com eles para pais e parentes queridos que saiam para trabalhar ou voltavam para suas casas depois de uma visita.
Cada volta era mais divertida (principalmente quando era eu quem saia - eu fazia questão de mostrar que na volta, o carinho era até maior), e, aos poucos, eles aprendiam a suportar as separações momentâneas e a se sentir seguros.
Creio que, de tanto ensinar, aprendi com eles.
Não foi fácil quando a primeira saiu de casa para tomar o seu caminho; na segunda foi um pouco menos difícil; no terceiro, um pouco menos ainda.
Agora, as idas do Theo deixam um sabor de quero mais, e, tenho certeza, cada vinda sempre será melhor, como o são as vindas dos meus três pequenos, hoje grandes, mas que, ainda, me ensinam a ser uma pessoa melhor.