Ele veio rápido, mas suavemente, já sorrindo.
Segurar no colo, pela primeira vez, uma vidinha tão pulsante foi a coisa mais importante do ano.
Hoje ele sorri para qualquer um, dá gargalhadas quando se brinca com ele e cativa todas as pessoas que passam por perto.
Leonino doce. Bem humorado, como dizem alguns: "ele é um camaradinha muito simpático".
Outro dia ele se aconchegou no meu peito e ficou um tempão, quietinho, eu escutando o coração dele e ele escutando o meu...
Voltei para casa chorando naquele dia.
O som do coração dele não me saiu da alma por muitos dias.
Benvindo amorzinho. Vamos nos divertir muito!
segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
domingo, 30 de dezembro de 2012
Mais um ano
Estranho ler coisas escritas há tanto tempo atrás. Mais estranho ver que tanta coisa aconteceu nesse último ano e não se transformou em palavras escritas.
Mudanças grandes demais deixam a gente meio perdida.
Não achei o ano que passou divertido. Foi antes, esclarecedor e muito difícil. Mas, com um final surpreentemente leve.
Não adianta prever, não adianta desejar, não adianta tentar controlar.
Tudo acontece ao seu bel prazer, e, em algumas poucas vezes, é exatamente o que se queria; em outras, até melhor; em outras, nem chega perto; em outras, ainda, é exatamente o contrário. E nada disso é bom ou ruim. Simplesmente é.
Eu recebo; eu aceito; eu agradeço.
E desejo, embora saiba que isso pode não levar a nada, que estejam nos planos de 2013 para mim escrever mais, viver mais, amar mais.
Mudanças grandes demais deixam a gente meio perdida.
Não achei o ano que passou divertido. Foi antes, esclarecedor e muito difícil. Mas, com um final surpreentemente leve.
Não adianta prever, não adianta desejar, não adianta tentar controlar.
Tudo acontece ao seu bel prazer, e, em algumas poucas vezes, é exatamente o que se queria; em outras, até melhor; em outras, nem chega perto; em outras, ainda, é exatamente o contrário. E nada disso é bom ou ruim. Simplesmente é.
Eu recebo; eu aceito; eu agradeço.
E desejo, embora saiba que isso pode não levar a nada, que estejam nos planos de 2013 para mim escrever mais, viver mais, amar mais.
quarta-feira, 6 de junho de 2012
Palavras de Cynira
Minha mãe acaba de me falar uma verdade tão simples, e, ao mesmo tempo, tão profunda!
No meio de uma conversa sobre relacionamentos (meu filho acaba de casar e nunca vi dois noivos tão felizes um com o outro num casamento antes) ela aparece com a frase: "se a gente tivesse coragem de tomar algumas decisões, não sofreria tanto na vida". Ela dizia que queria aquela felicidade dos noivos para todos aqueles que ela amava, e, mais do que isso, subentendia-se, na conversa, que ela própria desejava ter tido essa coragem e viver um amor que a sustentasse como mulher. Um amor que fosse tão especial quanto ela é.
Casamentos mexem com a gente mesmo.....
Espero que esse "desejo" dela ainda se realize.... para ela e para todos que ela ama.
No meio de uma conversa sobre relacionamentos (meu filho acaba de casar e nunca vi dois noivos tão felizes um com o outro num casamento antes) ela aparece com a frase: "se a gente tivesse coragem de tomar algumas decisões, não sofreria tanto na vida". Ela dizia que queria aquela felicidade dos noivos para todos aqueles que ela amava, e, mais do que isso, subentendia-se, na conversa, que ela própria desejava ter tido essa coragem e viver um amor que a sustentasse como mulher. Um amor que fosse tão especial quanto ela é.
Casamentos mexem com a gente mesmo.....
Espero que esse "desejo" dela ainda se realize.... para ela e para todos que ela ama.
quinta-feira, 24 de maio de 2012
Assim ou assado
Hoje deu vontade de escrever. Fazia tempo que essa vontade não se fazia tão forte.
Há uns dias venho pensando em como a vida corre. Foi outro dia que eu mudei de casa, de trabalho ( e tive a crise que dividiu minha vida em duas partes) e lá se vão 5 anos em que tudo correu demais, mais do que o vento em dia de temporal forte.
Difícil ter tanta coisa para pensar, tanta coisa para contar, tanta coisa para aprender e não achar tempo para tudo.
Ontem mesmo eu pensava que, antes dessa minha fase pensante, eu vivia meio que na correria, emendando um trabalho com outro, tendo tantos compromissos que não sobrava um minutinho para perceber se era feliz ou não. Vivia no limbo, entre uma aula e um período no trabalho, entre decorar musicas e cuidar da casa, entre ensaiar e cantar, entre cuidar dos filhos e do dinheiro que não vinha... Eu era infeliz, mas não sabia, e, por isso, vivia numa coisa que, na época, parecia paz.
No fundo eu sabia que não era feliz, mas, não tinha tempo de sofrer com isso, porque não tinha tempo de pensar. A ignorância me salvava do sofrimento.
Na fase pós alienação (que já dura quase 5 anos), senti na pele e no coração, a dor que minha filha Fabi diz produzir beleza - muitos escritos lindos dela vem da incessante busca dela pela verdade, que, diga-se de passagem, é dolorida demais.
Tem dias em que eu desejo, do fundo da alma, parar de pensar um pouco, estar de cabeça vazia em braços que me dêem segurança e carinho. Descansar da necessidade de descobrir, de decidir, de escolher, de entender.
Dor o tempo todo cansa.
O último ano, em especial, foi muito complicado. Paradigmas quebrados (e promessas feitas a mim mesma tb), avaliação intensa daquilo que me fez ser o que sou hoje e das crenças que se solidificaram nesses anos todos (vale a pena ficar com elas? tem coisa melhor para acreditar?), balança usada minuto a minuto, pesando os prós e contras de ser assim ou assado e os motivos desse ser assim ou assado.
Ainda não sei se sou feliz. Sei que tenho muitos (muitos mesmo) motivos para ser feliz.
Mas, lá no fundo da minha mente tem um homenzinho (tem que ser um homenzinho, por que mulher seria mais doce e paciente) que não me deixa esquecer dos motivos para não ser feliz. Ou, pior, me faz perceber coisas de um modo tal que eu me sinto muito longe da felicidade (será que tenho mesmo motivos para não ser feliz ou ele me engana com seu sutil envolvimento?).
Se eu não pensasse tanto, e com a vida que tenho agora, estaria me divertindo muito. Mas, seria real?
O que faço?
Paro de pensar? Descubro o que é real?
Mas, como?
Tenho que pensar......
Há uns dias venho pensando em como a vida corre. Foi outro dia que eu mudei de casa, de trabalho ( e tive a crise que dividiu minha vida em duas partes) e lá se vão 5 anos em que tudo correu demais, mais do que o vento em dia de temporal forte.
Difícil ter tanta coisa para pensar, tanta coisa para contar, tanta coisa para aprender e não achar tempo para tudo.
Ontem mesmo eu pensava que, antes dessa minha fase pensante, eu vivia meio que na correria, emendando um trabalho com outro, tendo tantos compromissos que não sobrava um minutinho para perceber se era feliz ou não. Vivia no limbo, entre uma aula e um período no trabalho, entre decorar musicas e cuidar da casa, entre ensaiar e cantar, entre cuidar dos filhos e do dinheiro que não vinha... Eu era infeliz, mas não sabia, e, por isso, vivia numa coisa que, na época, parecia paz.
No fundo eu sabia que não era feliz, mas, não tinha tempo de sofrer com isso, porque não tinha tempo de pensar. A ignorância me salvava do sofrimento.
Na fase pós alienação (que já dura quase 5 anos), senti na pele e no coração, a dor que minha filha Fabi diz produzir beleza - muitos escritos lindos dela vem da incessante busca dela pela verdade, que, diga-se de passagem, é dolorida demais.
Tem dias em que eu desejo, do fundo da alma, parar de pensar um pouco, estar de cabeça vazia em braços que me dêem segurança e carinho. Descansar da necessidade de descobrir, de decidir, de escolher, de entender.
Dor o tempo todo cansa.
O último ano, em especial, foi muito complicado. Paradigmas quebrados (e promessas feitas a mim mesma tb), avaliação intensa daquilo que me fez ser o que sou hoje e das crenças que se solidificaram nesses anos todos (vale a pena ficar com elas? tem coisa melhor para acreditar?), balança usada minuto a minuto, pesando os prós e contras de ser assim ou assado e os motivos desse ser assim ou assado.
Ainda não sei se sou feliz. Sei que tenho muitos (muitos mesmo) motivos para ser feliz.
Mas, lá no fundo da minha mente tem um homenzinho (tem que ser um homenzinho, por que mulher seria mais doce e paciente) que não me deixa esquecer dos motivos para não ser feliz. Ou, pior, me faz perceber coisas de um modo tal que eu me sinto muito longe da felicidade (será que tenho mesmo motivos para não ser feliz ou ele me engana com seu sutil envolvimento?).
Se eu não pensasse tanto, e com a vida que tenho agora, estaria me divertindo muito. Mas, seria real?
O que faço?
Paro de pensar? Descubro o que é real?
Mas, como?
Tenho que pensar......
sexta-feira, 23 de março de 2012
Homem
Não precisa ser um homem perfeito.
E sim, um homem que durma abraçado comigo, nas noites frias.
E sim, um que me dê abraços fortes, de manhã, me desejando um bom dia com palavras sussurradas ao meu ouvido.
E sim, que goste da andar de mãos dadas, de ler junto tomando café, de caminhar na beira do mar.
E sim, um que arrume a cama, que ponha o lixo para fora e que lave as louças mais difíceis, coisas que eu detesto fazer.
E sim, um que me faça um cafezinho, depois do almoço, quente como o beijo que venha junto.
E sim, um que cante para mim, que me faça serenatas, que componha e diga coisas lindas para eu ouvir.
E sim, um que tenha um sorriso doce, uma inteligência acima da média, um humor admirável.
E sim, um que me aceite como eu sou, mas que, nem por isso, deixe de me incentivar a crescer como gente.
E sim, um que não desista de seus sonhos e que tente me impedir de fazer o mesmo com os meus, se eu estiver naquelas fases loucas de TPM prolongada.
E sim, um que goste de ler e estudar, e que goste de conversar comigo.
E sim, um homem que se orgulhe de me ter por perto.
E sim, um que esteja a meu lado nas minhas descobertas doloridas e profundas sobre os meus mundos - interior e exterior, e que não se ria das minhas dificuldades e defeitos.
E sim, um que me abrace quando eu choro, que ria muito comigo quando eu estiver feliz e que silencie quando for necessário (e, o mais importante: saiba diferenciar esses tres momentos).
E sim, um que seja honesto - consigo próprio e comigo.
E sim, um que tenha compaixão - por todos os seres vivos desse planeta e daqueles que possam existir em outros, sabe-se lá.
E sim, um que possa ser um refúgio ou uma festa, dependendo do nosso momento.
Não precisa ser um homem perfeito.
Só um homem real.
E sim, um homem que durma abraçado comigo, nas noites frias.
E sim, um que me dê abraços fortes, de manhã, me desejando um bom dia com palavras sussurradas ao meu ouvido.
E sim, que goste da andar de mãos dadas, de ler junto tomando café, de caminhar na beira do mar.
E sim, um que arrume a cama, que ponha o lixo para fora e que lave as louças mais difíceis, coisas que eu detesto fazer.
E sim, um que me faça um cafezinho, depois do almoço, quente como o beijo que venha junto.
E sim, um que cante para mim, que me faça serenatas, que componha e diga coisas lindas para eu ouvir.
E sim, um que tenha um sorriso doce, uma inteligência acima da média, um humor admirável.
E sim, um que me aceite como eu sou, mas que, nem por isso, deixe de me incentivar a crescer como gente.
E sim, um que não desista de seus sonhos e que tente me impedir de fazer o mesmo com os meus, se eu estiver naquelas fases loucas de TPM prolongada.
E sim, um que goste de ler e estudar, e que goste de conversar comigo.
E sim, um homem que se orgulhe de me ter por perto.
E sim, um que esteja a meu lado nas minhas descobertas doloridas e profundas sobre os meus mundos - interior e exterior, e que não se ria das minhas dificuldades e defeitos.
E sim, um que me abrace quando eu choro, que ria muito comigo quando eu estiver feliz e que silencie quando for necessário (e, o mais importante: saiba diferenciar esses tres momentos).
E sim, um que seja honesto - consigo próprio e comigo.
E sim, um que tenha compaixão - por todos os seres vivos desse planeta e daqueles que possam existir em outros, sabe-se lá.
E sim, um que possa ser um refúgio ou uma festa, dependendo do nosso momento.
Não precisa ser um homem perfeito.
Só um homem real.
sexta-feira, 16 de março de 2012
Pensamentos
Desde a morte do meu pai volta e meia me vem à mente a idéia exasperante de que não sei para onde foram os pensamentos dele. Sei que o corpo de desfez com o tempo e voltou para a terra. Sei que seus objetos pessoais foram distribuídos pelos familiares. Mas, e os pensamentos, onde estão?
Tanta coisa ele sentia, tanta coisa ele dizia!
Era um mundo só dele, do qual pouco restou, uma vez que ele não era de escrever muito.
Ele fotografou muito e tinha muito orgulho das lembranças que ele colhia daqueles que amava. Mas, nessas fotos sempre aparecia como a mão, o olho e o coração que estava por trás da imagem. Dá para sentir um pouco dele quando olhamos os muitos álbuns que recheiam o armário da minha mãe.
Mas, e os pensamentos?
Onde está tudo em que ele acreditava, onde residem hoje as coisas pelas quais ele lutou a vida toda, os conselhos que ele nos dava quando nos via atrapalhados com a vida, o amor que ele sentia por nós, que se expressava naqueles olhares profundos e nos elogios, sempre presentes?
Onde estão tudo o que ele aprendeu, as fantasias que criou, as lembranças de uma vida inteira?
Só ele sabia daquele mundo e junto com ele aquele mundo se foi....pra onde?
Se eu morrer amanhã, faltará tanta coisa!
Nem eu sei tudo o que tenho dentro de mim, mas queria poder descobrir e compartilhar, antes de me ir.
Quem sabe, se eu conseguir fazer isso, não encontro um pouco dos pensamentos do meu pai?
Tanta coisa ele sentia, tanta coisa ele dizia!
Era um mundo só dele, do qual pouco restou, uma vez que ele não era de escrever muito.
Ele fotografou muito e tinha muito orgulho das lembranças que ele colhia daqueles que amava. Mas, nessas fotos sempre aparecia como a mão, o olho e o coração que estava por trás da imagem. Dá para sentir um pouco dele quando olhamos os muitos álbuns que recheiam o armário da minha mãe.
Mas, e os pensamentos?
Onde está tudo em que ele acreditava, onde residem hoje as coisas pelas quais ele lutou a vida toda, os conselhos que ele nos dava quando nos via atrapalhados com a vida, o amor que ele sentia por nós, que se expressava naqueles olhares profundos e nos elogios, sempre presentes?
Onde estão tudo o que ele aprendeu, as fantasias que criou, as lembranças de uma vida inteira?
Só ele sabia daquele mundo e junto com ele aquele mundo se foi....pra onde?
Se eu morrer amanhã, faltará tanta coisa!
Nem eu sei tudo o que tenho dentro de mim, mas queria poder descobrir e compartilhar, antes de me ir.
Quem sabe, se eu conseguir fazer isso, não encontro um pouco dos pensamentos do meu pai?
quinta-feira, 15 de março de 2012
Bipolar
Menopausa é fogo!
Eu sempre fui terrível, gênio forte, brigona. Não tinha o lado meio que de "coitadinha", de achar o mundo difícil e escuro. Problemas não eram problemas, eram desafios e eu tratava deles até com um pouco de deselegância (para não usar uma palavra mais forte, mas mais depreciativa para mim) para com quem não os atacava do mesmo modo que eu (coitados dos meus queridos mais próximos....).
Depois do último post (ontem? anteontem?) já vivi o suficiente emocionalmente para dar a volta ao mundo duas vezes, sem descanso.
Nesse exato momento, estou feliz como se tivesse ganho na loteria.
E, não aconteceu nada de mais.
Tudo continua igual. Exatamente como estava quando escrevi que estava difícil até sair da cama!
Voltou a vontade de cantar, de tocar (cajon, minha mais nova paixão), de rir, até de trabalhar!
Ombros leves, respiração tranquila, sorriso maroto enquanto escrevo.....
Hormonios, façam o favor de se ajeitar rapidinho! Estar bipolar é muito doido!
Eu sempre fui terrível, gênio forte, brigona. Não tinha o lado meio que de "coitadinha", de achar o mundo difícil e escuro. Problemas não eram problemas, eram desafios e eu tratava deles até com um pouco de deselegância (para não usar uma palavra mais forte, mas mais depreciativa para mim) para com quem não os atacava do mesmo modo que eu (coitados dos meus queridos mais próximos....).
Depois do último post (ontem? anteontem?) já vivi o suficiente emocionalmente para dar a volta ao mundo duas vezes, sem descanso.
Nesse exato momento, estou feliz como se tivesse ganho na loteria.
E, não aconteceu nada de mais.
Tudo continua igual. Exatamente como estava quando escrevi que estava difícil até sair da cama!
Voltou a vontade de cantar, de tocar (cajon, minha mais nova paixão), de rir, até de trabalhar!
Ombros leves, respiração tranquila, sorriso maroto enquanto escrevo.....
Hormonios, façam o favor de se ajeitar rapidinho! Estar bipolar é muito doido!
segunda-feira, 12 de março de 2012
Dias de Vivi
Tem dias (semanas?, meses?) em que o chão parece não existir. Nada é certo, nada parece seguro.
Os pés parecem caminhar sem rumo, suspensos num fio muito fino, tentando segurar o corpo em pé, sem tombos e rupturas maiores.
Mudanças .... mudanças ....
O coração bate rápido, o tempo todo, como quisesse compensar com oxigênio a falta de ar, a opressão no peito que teima em não se ir, mesmo com montes e montes de respirações profundas e lentas, daquelas que ensinam os bons professores de yoga.
Mudanças ..... mudanças ..... quais?
Dormir vira pesadelo, porque as mudanças querem vir de qualquer jeito e usam o inconsciente para se apresentar; acordar dá um frio na barriga, porque voce não sabe o que virá, nem quando, nem se será tão bom ou melhor do que o agora é.
Mudanças .... mudanças ..... o que?
Vontade de se aquietar, e deixar tudo acontecer por si ... parar de pensar, de analisar, de colocar tudo na balança e tentar ver o lado mais forte. Mas, e a responsabilidade?
Não saber do futuro machuca, dá medo, apavora mesmo, às vezes.
Mudanças .... mudanças .... como?
Meu mundo está grande, muito grande... quero muito e sei que não posso tudo.
Quero tudo e nem sei desse tudo o que melhor seria querer.
Como abraçar tudo o que me aquece o coração, o corpo e a mente e não sucumbir à exaustão?
Como deixar de abraçar coisas que me deixariam mais gente, sem sentir a dor da perda?
Mudanças .... Mudanças ...... só mudanças.
Os pés parecem caminhar sem rumo, suspensos num fio muito fino, tentando segurar o corpo em pé, sem tombos e rupturas maiores.
Mudanças .... mudanças ....
O coração bate rápido, o tempo todo, como quisesse compensar com oxigênio a falta de ar, a opressão no peito que teima em não se ir, mesmo com montes e montes de respirações profundas e lentas, daquelas que ensinam os bons professores de yoga.
Mudanças ..... mudanças ..... quais?
Dormir vira pesadelo, porque as mudanças querem vir de qualquer jeito e usam o inconsciente para se apresentar; acordar dá um frio na barriga, porque voce não sabe o que virá, nem quando, nem se será tão bom ou melhor do que o agora é.
Mudanças .... mudanças ..... o que?
Vontade de se aquietar, e deixar tudo acontecer por si ... parar de pensar, de analisar, de colocar tudo na balança e tentar ver o lado mais forte. Mas, e a responsabilidade?
Não saber do futuro machuca, dá medo, apavora mesmo, às vezes.
Mudanças .... mudanças .... como?
Meu mundo está grande, muito grande... quero muito e sei que não posso tudo.
Quero tudo e nem sei desse tudo o que melhor seria querer.
Como abraçar tudo o que me aquece o coração, o corpo e a mente e não sucumbir à exaustão?
Como deixar de abraçar coisas que me deixariam mais gente, sem sentir a dor da perda?
Mudanças .... Mudanças ...... só mudanças.
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