sábado, 21 de dezembro de 2013

Dias

Tem dias em que o melhor é dormir.
Ponto.

terça-feira, 9 de julho de 2013

Ela chegou - Parte 4

 Dessa vez eu estava lá. Ouvi o primeiro choro. Vi a primeira vez que ela abriu o olho. Tranquila e forte, como o mar que a mãe dela tanto ama. Quando dorme, dá aquelas risadinhas rápidas, que todo bebê dá, mas, nela, esses sorrisos são mais doces. Meus olhos cheios de alegria veem tanta beleza e luz! Mais uma mãozinha para eu segurar. Preciso de mais braços! Bom demais!

Zoo

Se eu fosse uma borboleta, pousaria de flor em flor, sentindo o seu perfume e misturando as minhas multicores maravilhosas às delas.
Se eu fosse um tigre, correria nas matas, conquistaria meu espaço e rugiria alto e forte, quando alguém avançasse no  meu território ou ameaçasse meus filhotes.
Se eu fosse um pássaro, sairia voando pelo céu, caminhando entre as árvores, sentindo o vento batendo no meu corpo, o sol aquecendo minhas penas, a liberdade de ir e vir, sem hora, nem destino.
Se eu fosse uma formiga, trabalharia sem parar, para manter minha casa em ordem, equipada e segura.
Se eu fosse uma cigarra, cantaria o dia todo, feliz por poder espalhar minha voz pelos cinco ventos.
Se eu fosse um elefante, escolheria para guardar na memória as coisas mais lindas, mais poéticas, mais profundas e interessantes.
Se eu fosse um cão, olharia para as pessoas com o amor incondicional de quem não vê ódio, nem dor, só amor.
Se eu fosse um gato, me aconchegaria num cobertor quentinho, e ficaria observando o mundo e as pessoas, alternando com períodos de sono repletos de sonhos coloridos.
Se eu fosse um cavalo, carregaria nas costas as pessoas amadas e as levaria a passeios pelos lugares e situações mais lindas do mundo.
Se eu fosse um papagaio, aprenderia a falar palavras que fizessem cada pessoa que surgisse sorrir e se sentir especial.
Dentro de mim, há um zoológico, sem grades, sem muros. E eu não sabia!

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Dessa vez é diferente

Primeira vez na vida que atravesso um oceano dentro de um avião.
Só por me saber em cima de tanto mar, por tanto tempo, fico pensativa.
Já fiz testamento, seguro de vida, deixei tudo arrumado em casa....
Quem faz isso toda hora deve estar me achando uma boboca.
Mas só eu sei como bate o meu coração e como, às vezes, nem toda a yoga do mundo pode combater medos profundos que a gente nem sabe que tem.
Não tenho medo de morrer. Tenho medo de não viver.
Tem tanta coisa linda para eu ver e fazer ainda, tanto neto para ver crescer e desabrochar, tanta risada para dar com os filhos!
Sei que o que me aguarda nesses 10 dias será algo mágico, que me abrirá espaços e caminhos que eu posso nunca ter imaginado. A preparação da coisa já foi catártica.
Estou mesmo muito cansada de pensar. Outros ares me trarão de volta mais leve, mais plena, mais preparada e animada para a revolução do dia-a-dia, fora e dentro de mim.
Que seja.

domingo, 27 de janeiro de 2013

Menopausa - parte 2

Mais uma descoberta: ele gosta de álcool! Na hora pensei que poderia ser a pipoca, que eu comia enquanto assistia Cosmópolis com o Ton (nossa, que filme mais doido!). Mas seria muita ingenuidade minha continuar acreditando nisso. Óbvio que foi a cerveja, que eu tomei só por tomar, já que nem gosto.
Dia desses vou experimentar com vinho, mas vou me preparar antes, porque vinho eu gosto e muito.
Aliás, estou escrevendo a essa hora da manhã de um domingo porque, para variar, não dormi quase nada, de novo.

sábado, 26 de janeiro de 2013

Menopausa - parte 1

Passei essa madrugada alternando entre sono e chuveiro à domicílio (ou seria camicílio?). Hoje foi um pouco pior do que nos demais últimos 120 dias. Mais vezes, com maior duração.
Acordei (ou seria levantei da cama, já que eu quase não dormi) e, antes mesmo da café da manhã, passeei pela internet procurando uma luz no final do túnel.
Vi de tudo, desde banhos frios alternando com quentes até sucos, acupuntura, exercícios de respiração, vitamina E, chás e remédios naturais diversos, passando por limão com bicarbonato (que eu já venho tomando) e, claro, TRH. Tudo para parar de ter esses calores absurdos que eu, na minha vã esperança, achava que não ia ter.
Antes da coisa acontecer a gente sempre acha que nunca vai acontecer com a gente. E não se prepara.
Soubesse eu da coisa, teria comido mais soja, grão de bico e sei lá mais o quê, teria feito exercícios regulares a vida toda, me alimentado o mais naturalmente possível e feito yoga desde os 15 anos, fora horas e horas de meditação, para acalmar a mente.
Dizem que quem faz isso, e bem feito, nem percebe que está na menopausa. Deviam ensinar essas coisas na escola!
Correndo atrás do preju, li de tudo um pouco e acabei parando quando  li o que uma sensata cinquentona escreveu no seu blog: " se a gente for fazer tudo o que falam que é bom para a menopausa na internet, a gente passa 18 horas por dia fazendo/se preocupando e acaba não vivendo".
Ela está certa.
Comecemos, pois, com o que é fácil: observar.
Vou me dar um tempo para utilizar apenas uma dica: quando perceber a coisa vindo, comece a respirar bem profundamente e devagar e, antes de mais nada: NÃO SE APAVORE!. As ondas são mais fortes e duram mais quando a gente está estressada e quem está do lado, se não estiver perto demais,  nem vai perceber. Enquanto isso, para me distrair, observo o que fiz/comi ou como estava meu estado de espírito, logo antes do acontecido.
Hoje já tive duas dicas : comer pão de chocolate com café é alimento para a coisa! Demais a rapidez como ela aconteceu! Eu estava na metade do pão, por sinal uma delícia, quando minha testa começou a brilhar. Eu estava lendo, mas tenho certeza que o que eu lia não era nem um pouco estressante, logo, ou o pão ou o café foram os culpados. Tenho que experimentar de novo, um de cada vez, para ver qual o culpado. Espero muito que não sejam os dois, mas, acho que quem espera, nesse caso, não alcança.
Enquanto eu escrevia, agorinha, aconteceu uma rapidinha (seria tão bom se fosse uma daquele outro tipo!). Eu não estava estressada e não tinha comido nada de especial antes, logo, vai ser classificada na categoria "motivo desconhecido".
Vou continuar com o limão com bicarbonato, que já virou um hábito e com chuchus e mais chuchus, que segundo a minha professora de yoga, equilibram o yang exacerbado.
Aliás, vou continuar também com o outro Yang, o doutor, acupunturista e especialista em medicina chinesa que está tentando domar o bicho.
Tomara que ele consiga, LOGO!!!!!!