Era hoje
Não é mais
Deveria ter sido ontem
Não foi
Será amanhã?
Agora, não importa mais
O tempo foi
Não volta
Não negocia
Não desculpa
Tinha que ser agora
Ou, nunca
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
Dói estar só no meio da multidão
A experiência (nome mais bonito para o famoso RG antigo) nos torna mais seletivos. O tempo ensina que ele é precioso e que, muitas e muitas vezes, deixamos que ele transcorra sem que estejamos presentes.
Às vezes a vida passa por nós, como meros expectadores e, num belo dia, percebemos que o que foi seria melhor não ter sido e que o que não foi, com certeza faria a nossa trajetória muito mais perfeita se tivesse sido. Faltou presença.
Pessoas passam por nós, algumas se "aprochegam", fazem um ninho e ficam; outras, caminham um pouco ao nosso lado e seguem por novas trilhas; há outras, ainda, que batem de frente, nos enfrentam e somem no mundo. Nem sempre percebemos essas indas e vindas e deixamos passar trocas preciosas. Faltou presença.
Criamos um mundo único à nossa volta e o tamanho e a qualidade desse mundo dependem dos nossos medos (ou da força que temos para enfrentá-los), das nossas necessidades mais básicas e da abertura que damos para que as coisas e pessoas se aproximem. Se esse mundo está pequeno demais e isso dói no coração.... faltou presença!
O segredo é a concentração no agora e a certeza de que o nosso amanhã a ninguém pertence, só a nós mesmos.
Às vezes a vida passa por nós, como meros expectadores e, num belo dia, percebemos que o que foi seria melhor não ter sido e que o que não foi, com certeza faria a nossa trajetória muito mais perfeita se tivesse sido. Faltou presença.
Pessoas passam por nós, algumas se "aprochegam", fazem um ninho e ficam; outras, caminham um pouco ao nosso lado e seguem por novas trilhas; há outras, ainda, que batem de frente, nos enfrentam e somem no mundo. Nem sempre percebemos essas indas e vindas e deixamos passar trocas preciosas. Faltou presença.
Criamos um mundo único à nossa volta e o tamanho e a qualidade desse mundo dependem dos nossos medos (ou da força que temos para enfrentá-los), das nossas necessidades mais básicas e da abertura que damos para que as coisas e pessoas se aproximem. Se esse mundo está pequeno demais e isso dói no coração.... faltou presença!
O segredo é a concentração no agora e a certeza de que o nosso amanhã a ninguém pertence, só a nós mesmos.
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
Descoberta
Como seria a vida
Sem aquele capítulo acabado?
Como ela seria
Sem o pranto derramado?
Noites de sábado em frente à televisão
Almoços de domingo seguidos de Faustão
Dias solitários num mundo pequeno
Corpo e mente sem um desenvolvimento pleno
Hoje a dor existe, mas convive com a maravilha
A choro até acontece, mas é de alegria
O mundo cresceu, virou mundo, virou tudo
A mente expandiu, virou mente, virou gente
O tempo urge, há tanta coisa para fazer!
A vida segue, ritmo acelerado
O sonho muda a cada instante, o que dizer?
Nada - só um beijo molhado
E tudo vai muito bem, obrigado!
Sem aquele capítulo acabado?
Como ela seria
Sem o pranto derramado?
Noites de sábado em frente à televisão
Almoços de domingo seguidos de Faustão
Dias solitários num mundo pequeno
Corpo e mente sem um desenvolvimento pleno
Hoje a dor existe, mas convive com a maravilha
A choro até acontece, mas é de alegria
O mundo cresceu, virou mundo, virou tudo
A mente expandiu, virou mente, virou gente
O tempo urge, há tanta coisa para fazer!
A vida segue, ritmo acelerado
O sonho muda a cada instante, o que dizer?
Nada - só um beijo molhado
E tudo vai muito bem, obrigado!
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
O tempo passa
Um dos passeios mais gostosos que eu fazia com meus filhos, quando eram pequenos, era visitar a Expoflora, em Holambra.
Tenho até hoje fotos daqueles passeios - eles, lindos e maravilhosos, no meio de um mar de flores coloridas.
Ontem voltei à feira com o Ton e a Naiana (com catorze anos, ela não é mais criança, mas ainda gosta de passear, como toda mulher) e fiquei assustada com o tamanho que a coisa tomou. O que eram dois galpões com flores, um palco com danças típicas e um mini sítio, virou uma estrutura gigantesca, com quatro palcos, música de todo tipo, feira de noivas, mostra de paisagismo, três ou quatro feiras lotadas de estandes com desde comida até ar condicionado, uma rua com arquitetura holandesa e venda de mil coisinhas típicas, um parque de diversões, além dos tradicionais "galpões com flores, um palco com danças típicas e um mini sítio", agora maiores e mais equipados.
Para falar a verdade, gostei da exposição de flôres, que era o que havia me levado até lá, mas, o tempo todo ficava a idéia de que tudo não era tão bonito como eu tinha visto naquelas festas que eu havia ido antes.
Nos divertimos muito, pegamos pétalas de rosa no ar e fizemos nossos pedidos - eles dizem que se pegarmos uma pétala da chuva de rosas, antes dela cair no chão, o pedido se realiza.
Como boa gastadeira, comprei lembrancinhas para as meninas, que declinaram gentilmente do convite para ir até lá comigo, e a tradicional xícara do São Paulo para o Tiago. Dessa vez, já que estou em período de reabilitação, milagrosamente, comprei uma lembrancinha para mim também. Quem me conhece sabe do que eu estou falando.
Cheguei em casa e a primeira coisa que eu fiz foi procurar as fotos daquelas visitas anteriores à feira.
Qual não foi a minha surprêsa quando vi que essas visitas haviam sido feitas há pouco mais de vinte anos e que os arranjos florais nem eram tão espetaculares assim naquele tempo!
Parecia que tinha sido ontem que eu havia estado lá .... deixei de ir a vinte festas e nem percebi ...
O Ton resolveu minha segunda perplexidade: a carga emocional que eu coloquei nos passeios da época dos meus baixinhos foi tão grande, que minha memória registrou essa emoção junto com a realidade. E, com o tempo, tudo só fez ficar maior. Por isso a decepção pelos arranjos de hoje, que, diga-se de passagem, se aprimoraram realmente com o tempo, mas que eu não via com olhos atuais, mas com olhos de mãe encantada por levar beleza e cumplicidade à vida dos filhos.
Mais uma lição: a gente não vê só com os olhos, mas com o coração também. Por isso cada um enxerga a mesma coisa, mas "vê" coisas diferentes.
Nessas horas, a lição do curso de meditação vem a calhar: o segredo da vida é estar presente, o tempo todo - o passado já foi e o futuro ........ vai chegar, se você deixar.
Tenho até hoje fotos daqueles passeios - eles, lindos e maravilhosos, no meio de um mar de flores coloridas.
Ontem voltei à feira com o Ton e a Naiana (com catorze anos, ela não é mais criança, mas ainda gosta de passear, como toda mulher) e fiquei assustada com o tamanho que a coisa tomou. O que eram dois galpões com flores, um palco com danças típicas e um mini sítio, virou uma estrutura gigantesca, com quatro palcos, música de todo tipo, feira de noivas, mostra de paisagismo, três ou quatro feiras lotadas de estandes com desde comida até ar condicionado, uma rua com arquitetura holandesa e venda de mil coisinhas típicas, um parque de diversões, além dos tradicionais "galpões com flores, um palco com danças típicas e um mini sítio", agora maiores e mais equipados.
Para falar a verdade, gostei da exposição de flôres, que era o que havia me levado até lá, mas, o tempo todo ficava a idéia de que tudo não era tão bonito como eu tinha visto naquelas festas que eu havia ido antes.
Nos divertimos muito, pegamos pétalas de rosa no ar e fizemos nossos pedidos - eles dizem que se pegarmos uma pétala da chuva de rosas, antes dela cair no chão, o pedido se realiza.
Como boa gastadeira, comprei lembrancinhas para as meninas, que declinaram gentilmente do convite para ir até lá comigo, e a tradicional xícara do São Paulo para o Tiago. Dessa vez, já que estou em período de reabilitação, milagrosamente, comprei uma lembrancinha para mim também. Quem me conhece sabe do que eu estou falando.
Cheguei em casa e a primeira coisa que eu fiz foi procurar as fotos daquelas visitas anteriores à feira.
Qual não foi a minha surprêsa quando vi que essas visitas haviam sido feitas há pouco mais de vinte anos e que os arranjos florais nem eram tão espetaculares assim naquele tempo!
Parecia que tinha sido ontem que eu havia estado lá .... deixei de ir a vinte festas e nem percebi ...
O Ton resolveu minha segunda perplexidade: a carga emocional que eu coloquei nos passeios da época dos meus baixinhos foi tão grande, que minha memória registrou essa emoção junto com a realidade. E, com o tempo, tudo só fez ficar maior. Por isso a decepção pelos arranjos de hoje, que, diga-se de passagem, se aprimoraram realmente com o tempo, mas que eu não via com olhos atuais, mas com olhos de mãe encantada por levar beleza e cumplicidade à vida dos filhos.
Mais uma lição: a gente não vê só com os olhos, mas com o coração também. Por isso cada um enxerga a mesma coisa, mas "vê" coisas diferentes.
Nessas horas, a lição do curso de meditação vem a calhar: o segredo da vida é estar presente, o tempo todo - o passado já foi e o futuro ........ vai chegar, se você deixar.
sábado, 13 de setembro de 2008
A primeira vez a gente nunca esquece
Minha filha do meio já disse algumas vezes que eu escrevo bem. Comentário muito especial, vindo de quem vem, uma das melhores escritoras que eu conheço.
Ontem mesmo ela disse: "você deveria ter seu próprio blog".
Minha resposta foi curta e simples: o leonino só gosta de se expor quando tem certeza de que vai ganhar. E eu, aos 51 anos, sou uma leonina mais do que típica: vaidosa, avessa a críticas (embora sugestões bem feitas sejam sempre bem vindas), controladora, forte e com muita vontade de viver tudo e mais um pouco.
Pensando mais tarde sobre a "sugestão" dela, me vi muito covarde. E, desde quando leoninos são covardes?
Me encontrei literalmente dentro de um paradoxo: ser ou não ser covarde? Arriscar ou não?
Durante a noite, assisti ao filme Mamma Mia (podem dizer o que for, mas, brega ou não, por enquanto e neste instante precioso e finito , é o filme da minha vida) e saí de lá com a sensação que riscos não são tão ruins assim. E que a vida não começa aos trinta, ou quarenta ou aos cinquenta, mas várias vezes, em qualquer época na nossa existência e desde que assim o queiramos.
Já vivi muito e posso não estar tão satisfeita com o proveito que tirei da vida que já vivi - a gente sempre desperdiça tempo com tanta bobagem - mas, daqui pra frente (o Aurélio deixa escrever pra?) a coisa é outra.
Experiência tem que servir para alguma coisa, nem que seja para nos deixar mais alertas.
E, por que não, para começar a escrever num blog?
Sejam bem vindos ao meu mundo!
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