Daqui a alguns dias serei uma avó.
Não igual à minha: cabelos brancos, rostinho enrugado, voz doce, semblante tranquilo.
Cabelo branco eu não tenho (a Loreal que o diga!); meu rostinho faz yoga todo dia para não enrugar e, até agora, o resultado tem sido bem razoável; minha voz continua italianona e forte como sempre; meu semblante deixa claras as angústias de uma adolescente de 50 anos que ainda não descobriu a que veio e por quê.
Acho que os dois baixinhos terão trabalho comigo.
Decerto não serei uma avó tradicional.
Não me vejo fazendo roupinhas de tricô para eles (embora ache linda a habilidade de quem as faz - a bisavó é especial nisso); não me vejo deixando de lado meus momentos de prazer para tomar conta deles (eles vão se acostumar a participar desses momentos, se as mães deles assim o desejarem); não me vejo cozinhando quitutes para eles (bem que eu queria saber cozinhar, ou querer saber cozinhar melhor....).
Me vejo contando longas estórias, ensinando as primeiras letras e números, cantando com eles, passeando na Disney (já que com os filhos não deu...), caminhando na lagoa e mostrando a imensidão de folhas diferentes que existem nas árvores e os formatos das ondas que a água faz quando se joga uma pedrinha...
Me vejo rindo muito, e ficando muito bobona.
Me vejo ensinando muito, e aprendendo mais ainda, como foi com os meus filhos...
Acho que vai ser muito bom.
Tomara que para eles também.
Um comentário:
Vc vai ser uma avó doidona...
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