Era lá pelo final de 2007...
Estava em São Paulo, terra da garoa, no horário do almoço em plena Barão de Itapetininga.
Chove chuva e eu sem guarda-chuva.
Loja lá é o que não falta.
Saí de uma com o guarda-chuva mais maravilhoso que eu já tinha visto. Preto, brilhante, com lindas tulipas vermelhas.
Cheguei em casa à noite, toda feliz com minha nova aquisição.
Mostrei para o povo e só levei gozação. Todos, sem exceção, acharam o meu lindo guarda-chuva horroroso. O adjetivo mais suave foi: brega!
Gosto não se discute e, no fundo, eu sabia que isso não ficaria assim.
Semana passada, descendo do fretado na mesma São Paulo garoenta (inventei um adjetivo novo?), caminho em direção ao trabalho e vejo um irmão gemeo do meu guarda-chuva subindo pela rua, vindo de encontro a mim. Ele vinha pelas mãos de um homem e, ao nos percebermos, meio que levamos um susto.
O que meu guarda-chuva faz nas mãos de outra pessoa?
Ao nos cruzarmos, já passado o susto inicial, meio que nos cumprimentamos pelo bom gosto, com um discreto olhar...
Eu sabia que o pessoal lá de casa estava errado quando julgou meu guarda-chuva.
Levou mais de dois anos, mas eu provei!
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