sábado, 1 de março de 2025

Ela chegou - parte 5

 




Contei que nesses tempos sem escritos ganhei mais dois amores? Transcrevo o texto do face, contando a chegada da primeira.


Tecnologia pode ser uma coisa mágica...Imagina a cena: eu e a outra avó da Helena, a Lydia, na sala de espera, enquanto a Helena vinha ao mundo (naquele hospital só o pai podia ficar junto). Família toda esperando e, claro, whats app a toda. Já nasceu? Tá tudo bem? Enquanto conversávamos as duas, tentando nos distrair da ansiedade, respondiamos como podíamos as perguntas de todos. E o tempo todo de olho na porta do elevador, por onde meu filho surgiria para nos dizer que podíamos subir.

De repente, uma foto mandada pelo meu filho brilha no celular da Lydia e, segundo depois, no meu. Era a Helena, linda, forte, mostrando ao mundo que vinha com vontade.

Choramos, olhando pela primeira vez a nossa nova luz.

Olhamos uma para a outra e, num abraço forte, nos demos os parabéns pela nova neta. Finalmente. Tudo estava em paz. Pai, mãe e filha estavam juntos e bem.

Enquanto espalhavamos a foto nos grupos das famílias e "ouvíamos " a comemoração em cada casa e cada coração através das palavras escritas, me dei conta que, de certo modo, estávamos lá, junto com ela, todos nós, conversando com meu filho e nora e entre nós, nos primeiros minutos de vida da nossa borboletinha.

Éramos uma grande família, mandando toda a energia do mundo e agradecendo a bênção que nos havia sido concedida.

Ela veio cercada de amor. Amor que viajou no tempo e no espaço (temos muitos parentes e amigos de fora da cidade) como os átomos que formam cada parte dos nossos corpos. 

Nessa hora senti, de verdade, que todos somos um.

E assim me sentia quando abracei logo depois o meu filho, agora pela primeira vez como pai.

Que assim seja, para todo o sempre.

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