Não me esqueço de uma terça feira à noite, há algumas semanas atrás, quando recebi um monte de telefonemas preocupados de filhos, namorado e mãe, sondando, com muito jeito, se estava tudo bem comigo.
Era a primeira noite sem o Theo e a Cla, depois de divertidos 12 dias...
A princípio me espantei com tanta atenção ... eu estava bem, curtindo minha tv e descansando de um dia de trabalho. Não via o porquê de tanta preocupação.
O Ton me disse, quando questionei o motivo de tanto alarde, que todos esperavam que eu estivesse aos prantos, triste de saudades.
Aí o espanto foi maior.... de acordo com meus ultimos 52 anos, deveria ser essa mesma a minha situação! E eu estava calma, feliz até.
Lembrei, então, de quando eu ensinava, com muito carinho, meus filhos bebês a perceber que idas sempre tem vindas (pelo menos na maior parte das situações), seja brincando de "cuca/achou", seja fazendo tchauzinho risonho com eles para pais e parentes queridos que saiam para trabalhar ou voltavam para suas casas depois de uma visita.
Cada volta era mais divertida (principalmente quando era eu quem saia - eu fazia questão de mostrar que na volta, o carinho era até maior), e, aos poucos, eles aprendiam a suportar as separações momentâneas e a se sentir seguros.
Creio que, de tanto ensinar, aprendi com eles.
Não foi fácil quando a primeira saiu de casa para tomar o seu caminho; na segunda foi um pouco menos difícil; no terceiro, um pouco menos ainda.
Agora, as idas do Theo deixam um sabor de quero mais, e, tenho certeza, cada vinda sempre será melhor, como o são as vindas dos meus três pequenos, hoje grandes, mas que, ainda, me ensinam a ser uma pessoa melhor.
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
sábado, 26 de setembro de 2009
Ele chegou - Parte 1
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Esses serezinhos minúsculos chegam devagarinho e fazem a nossa vida virar uma imensidão.
A gente não sabe se chora ou se ri, se canta e dança ou se aquieta, observando por muito tempo seu semblante, sua respiração e seus movimentos, acompanhando seus sonos e sonhos.
Coração apertado de alegria, agora, é só aproveitar.
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Vó
Daqui a alguns dias serei uma avó.
Não igual à minha: cabelos brancos, rostinho enrugado, voz doce, semblante tranquilo.
Cabelo branco eu não tenho (a Loreal que o diga!); meu rostinho faz yoga todo dia para não enrugar e, até agora, o resultado tem sido bem razoável; minha voz continua italianona e forte como sempre; meu semblante deixa claras as angústias de uma adolescente de 50 anos que ainda não descobriu a que veio e por quê.
Acho que os dois baixinhos terão trabalho comigo.
Decerto não serei uma avó tradicional.
Não me vejo fazendo roupinhas de tricô para eles (embora ache linda a habilidade de quem as faz - a bisavó é especial nisso); não me vejo deixando de lado meus momentos de prazer para tomar conta deles (eles vão se acostumar a participar desses momentos, se as mães deles assim o desejarem); não me vejo cozinhando quitutes para eles (bem que eu queria saber cozinhar, ou querer saber cozinhar melhor....).
Me vejo contando longas estórias, ensinando as primeiras letras e números, cantando com eles, passeando na Disney (já que com os filhos não deu...), caminhando na lagoa e mostrando a imensidão de folhas diferentes que existem nas árvores e os formatos das ondas que a água faz quando se joga uma pedrinha...
Me vejo rindo muito, e ficando muito bobona.
Me vejo ensinando muito, e aprendendo mais ainda, como foi com os meus filhos...
Acho que vai ser muito bom.
Tomara que para eles também.
Não igual à minha: cabelos brancos, rostinho enrugado, voz doce, semblante tranquilo.
Cabelo branco eu não tenho (a Loreal que o diga!); meu rostinho faz yoga todo dia para não enrugar e, até agora, o resultado tem sido bem razoável; minha voz continua italianona e forte como sempre; meu semblante deixa claras as angústias de uma adolescente de 50 anos que ainda não descobriu a que veio e por quê.
Acho que os dois baixinhos terão trabalho comigo.
Decerto não serei uma avó tradicional.
Não me vejo fazendo roupinhas de tricô para eles (embora ache linda a habilidade de quem as faz - a bisavó é especial nisso); não me vejo deixando de lado meus momentos de prazer para tomar conta deles (eles vão se acostumar a participar desses momentos, se as mães deles assim o desejarem); não me vejo cozinhando quitutes para eles (bem que eu queria saber cozinhar, ou querer saber cozinhar melhor....).
Me vejo contando longas estórias, ensinando as primeiras letras e números, cantando com eles, passeando na Disney (já que com os filhos não deu...), caminhando na lagoa e mostrando a imensidão de folhas diferentes que existem nas árvores e os formatos das ondas que a água faz quando se joga uma pedrinha...
Me vejo rindo muito, e ficando muito bobona.
Me vejo ensinando muito, e aprendendo mais ainda, como foi com os meus filhos...
Acho que vai ser muito bom.
Tomara que para eles também.
domingo, 30 de agosto de 2009
Coisas antigas
Achei no micro uns textos de antes de eu decidir ter esse blog.
Foram da época dos meus 50 anos.
Gostei de ler...
Esse é o primeiro.
40°
Quarenta graus à sombra...
Foi esse o livro que meu terapeuta me indicou há alguns anos atrás.
Na época, li e detestei.
Limitações não estavam nos meus planos. Sabia que podia exigir do meu corpo tudo o que minha mente criava. E olha que não era pouco!
Cinquenta graus à sombra....
É como me sinto agora.
Sorte que os “calores” são só no espírito, na mente e no coração.
Meu corpo, apesar de não tão resistente quanto antes, decidiu que não abraçaria a teoria dos calores da menopausa. Menos mal.
Não que tudo seja flôres.
A temperatura sobe cada vez que eu sinto que quero algo e não dou conta de realizar.
Tudo bem que fui agraciada pela vida com quinhentas mudanças, todas ao mesmo tempo... Talvez uma jovem de 20 anos também se sentisse cansada tendo que lidar com tanta alteração profunda nos hábitos e nas crenças de uma vez só.
Mas, como nunca quis ser igual a ningúem (para falar a verdade, meu narcisismo sempre me levou a querer ser mais... terapia conserta!), isso não ajuda a deixar as coisas mais fáceis.
Cinquenta graus à sombra....
Acho que devo dissipar esse calor abraçando novas alternativas.
Quais?
Não sei. Desde que não sugiram limitação e sim expansão.
O tempo dirá.
Cps, 24/06/2007
Foram da época dos meus 50 anos.
Gostei de ler...
Esse é o primeiro.
40°
Quarenta graus à sombra...
Foi esse o livro que meu terapeuta me indicou há alguns anos atrás.
Na época, li e detestei.
Limitações não estavam nos meus planos. Sabia que podia exigir do meu corpo tudo o que minha mente criava. E olha que não era pouco!
Cinquenta graus à sombra....
É como me sinto agora.
Sorte que os “calores” são só no espírito, na mente e no coração.
Meu corpo, apesar de não tão resistente quanto antes, decidiu que não abraçaria a teoria dos calores da menopausa. Menos mal.
Não que tudo seja flôres.
A temperatura sobe cada vez que eu sinto que quero algo e não dou conta de realizar.
Tudo bem que fui agraciada pela vida com quinhentas mudanças, todas ao mesmo tempo... Talvez uma jovem de 20 anos também se sentisse cansada tendo que lidar com tanta alteração profunda nos hábitos e nas crenças de uma vez só.
Mas, como nunca quis ser igual a ningúem (para falar a verdade, meu narcisismo sempre me levou a querer ser mais... terapia conserta!), isso não ajuda a deixar as coisas mais fáceis.
Cinquenta graus à sombra....
Acho que devo dissipar esse calor abraçando novas alternativas.
Quais?
Não sei. Desde que não sugiram limitação e sim expansão.
O tempo dirá.
Cps, 24/06/2007
Mais coisas antigas
Esse é o segundo:
Hoje eu chorei......
Como há muito tempo não fazia.
E enquanto chorava eu pensava: eu consegui! Eu consegui!!!!!
De repente percebi que eu tinha conseguido: filhos encaminhados e, mais que isso, felizes e realizados; namorado quase perfeito (porque perfeito ninguém é, mas ele chega bem perto de ser...); bom emprego, bom salário; casa aconchegante e espaçosa; cinqüenta anos com carinha de quarenta e corpo de pouco mais que isso (puro relaxo, pq dava pra se esforçar e fazer um exerciciozinho...); dívidas se esvaindo mês a mês; mil possibilidades de crescimento emocional , espiritual e artístico.....
Meu coração quase saltou pela boca de tanta felicidade e, junto com o êxtase, veio o medo....
E se eu tiver que perder algo por ganhar tudo isso???
Afinal, sempre foi assim....
Na mesma hora, no meio das lágrimas, pensei comigo mim mesma que isso também tinha ficado para trás, junto com as dívidas e o medo de não ser capaz. Nada de trocas... a vida não é assim....às vezes se perde, outras se ganha mas, uma coisa não tem nada a ver com a outra.
Como a gente se tolhe por pensar errado! Quanto sofrimento, que prisão!
Tá na hora de voltar pra terapia.... e fazer umas aulas de filosofia...
Depois da liberdade material, preciso conquistar minha liberdade espiritual.
Quem sou eu, de onde vim, pra onde quero ir???
Aliás, hoje, descobri que estar só pode ser bom.... desde que por escolha própria. Tô melhorando! Calma que um dia eu chego lá!
Vivendo e aprendendo....
Campinas 04/04/08
Hoje eu chorei......
Como há muito tempo não fazia.
E enquanto chorava eu pensava: eu consegui! Eu consegui!!!!!
De repente percebi que eu tinha conseguido: filhos encaminhados e, mais que isso, felizes e realizados; namorado quase perfeito (porque perfeito ninguém é, mas ele chega bem perto de ser...); bom emprego, bom salário; casa aconchegante e espaçosa; cinqüenta anos com carinha de quarenta e corpo de pouco mais que isso (puro relaxo, pq dava pra se esforçar e fazer um exerciciozinho...); dívidas se esvaindo mês a mês; mil possibilidades de crescimento emocional , espiritual e artístico.....
Meu coração quase saltou pela boca de tanta felicidade e, junto com o êxtase, veio o medo....
E se eu tiver que perder algo por ganhar tudo isso???
Afinal, sempre foi assim....
Na mesma hora, no meio das lágrimas, pensei comigo mim mesma que isso também tinha ficado para trás, junto com as dívidas e o medo de não ser capaz. Nada de trocas... a vida não é assim....às vezes se perde, outras se ganha mas, uma coisa não tem nada a ver com a outra.
Como a gente se tolhe por pensar errado! Quanto sofrimento, que prisão!
Tá na hora de voltar pra terapia.... e fazer umas aulas de filosofia...
Depois da liberdade material, preciso conquistar minha liberdade espiritual.
Quem sou eu, de onde vim, pra onde quero ir???
Aliás, hoje, descobri que estar só pode ser bom.... desde que por escolha própria. Tô melhorando! Calma que um dia eu chego lá!
Vivendo e aprendendo....
Campinas 04/04/08
segunda-feira, 11 de maio de 2009
Vida nova
Dia das mães...
Podia ter sido como todos os outros - maravilhoso, cheio de atenção e carinho, amoroso, quente e alegre. Dessa vez foi tudo isso e ainda mais.
Foi o primeiro de muitos, mas, como todos os primeiros, será inesquecível.
Num carro, parada por três horas no trânsito de uma marginal mais do que liquidada como via de transporte, me vi leve como o vento, feliz como um sabiá cantando, plena como o universo.
Eu estava, como falei numa hora de desabafo, "profundamente nervosa" - o que provocou risos nas minhas filhas, que aliás, cantaram, viram ratinhos (lindos, aos olhos delas) no meio do mato, conversaram, como se nada mais importante do que estarmos lá juntas existisse.
Era um nervoso diferente - não era raiva, era vontade de agir... pura e simples, sem dor nem angústia.
Eu estava bem, apesar do desconforto e do medo do carro ferver e ficarmos presas no meio daquela multidão de escapamentos fedorentos...
Minha vida estava lá comigo.
E, se expandido, mais e mais, a cada dia.
Caiu a ficha!
A felicidade, está mesmo, dentro da gente.
Em todos os sentidos que essa frase pode ter.
Podia ter sido como todos os outros - maravilhoso, cheio de atenção e carinho, amoroso, quente e alegre. Dessa vez foi tudo isso e ainda mais.
Foi o primeiro de muitos, mas, como todos os primeiros, será inesquecível.
Num carro, parada por três horas no trânsito de uma marginal mais do que liquidada como via de transporte, me vi leve como o vento, feliz como um sabiá cantando, plena como o universo.
Eu estava, como falei numa hora de desabafo, "profundamente nervosa" - o que provocou risos nas minhas filhas, que aliás, cantaram, viram ratinhos (lindos, aos olhos delas) no meio do mato, conversaram, como se nada mais importante do que estarmos lá juntas existisse.
Era um nervoso diferente - não era raiva, era vontade de agir... pura e simples, sem dor nem angústia.
Eu estava bem, apesar do desconforto e do medo do carro ferver e ficarmos presas no meio daquela multidão de escapamentos fedorentos...
Minha vida estava lá comigo.
E, se expandido, mais e mais, a cada dia.
Caiu a ficha!
A felicidade, está mesmo, dentro da gente.
Em todos os sentidos que essa frase pode ter.
sábado, 18 de abril de 2009
Santiago do Chile - Bali-Hai

Lá se paga o jantar (aperitivo, entrada, prato quente e sobremesa) e um show de duas horas, num preço fechado.
A foto acima é da entrada do restaurante.
Cantores mais do que bons e shows de dança de todas as regiões do Chile. As caracterpisticas geográficas do país fazem com que cada região tenha músicas e danças típicas, bem diferentes umas das outras. Não faltou música brasileira, cantada em português por chilenas com um sotaque muito gostosinho.
Mas, me encantei mesmo com a decoração. Já mostrei o banheiro feminino, no último post.
Aliás, eu só fui até lá por insistência do Ton. Ele já tinha ido (no masculino, é claro!), e me disse algumas vezes : vai lá, só para dar uma olhada... Quando me decidi, ele mencionou por alto que eu deveria levar a máquina.... Achei estranho, mas fiz o que ele sugeriu.
Olha as fotos que eu tirei! As pias eram feitas de conchas gigantes, brilhantes e muito lindas!

Mais fotos e um videozinho (tá meio distante porque, por reservarmos em cima da hora, só conseguimos uma mesa mais afastada do palco). A melhor mesa ficou para um grupo enorme de brasileiros, e muitos deles foram convidados para dançar no palco em algumas apresentações... Para falar a verdade, nessa hora, achei bom estar meio longe.....

sexta-feira, 17 de abril de 2009
Santiago do Chile - os prazeres da mesa - parte 2


Esses são os painéis que indicam os toaletes no Liguria, aliás, num dos Ligurias, já que eles são três. Ficamos um bom tempo identificando atrizes e atores em diferentes épocas de suas vidas, antes de pedir nosso primeiro jantar em Santiago.
A decoração é uma loucura. Tem quadros e mais quadros de todos os tipos, cores para todo lado e garçons muito atenciosos.

Aliás, banheiro legal é o que não falta nos restaurantes de Santiago.
Esse ao lado é o toalete feminino do Bali-Hai(vocês devem achar que eu sou biruta, tirando foto de banheiro, mas, quando eu estava lá fazendo isso, tinha mais duas turistas fazendo o mesmo... conto mais detalhes num próximo post).
Continuando o jantar do Liguria, foi legal ver que nosso espanhol estava mesmo enferrujado. Foi uma dificuldade abrir o cardápio e entendermos grande parte do que estava escrito lá. Mas, o garçon que nos atendeu foi gentilíssimo - explicou com detalhes tudo o que perguntamos e acabamos jantando muito bem, ao som de músicas de vários tipos, mas, muita música brasileira, como em cada um dos demais locais que visitamos no horário das refeições.
Primeiro furo da viagem - aceitamos a sugestão do garçon para experimentar o vinho da casa. $ 6000. Na hora, pareceu razoável, pois ainda não estávamos craques com as contas de conversão de $$ e com o valor das coisas no Chile.
Depois descobrimos que se compra uma garrafa de vinho com esse valor e que ele nem era tão bom assim.... Ficamos mais espertos a partir daí.
Mais fotinhos do Liguria. Ah! O jeito mais fácil de saber que você está num Liguria é prestar atenção nas toalhas das mesas: sempre em xadrez vermelho e branco, com guardanapos em xadrez preto e branco.
quinta-feira, 16 de abril de 2009
Santiago do Chile - os prazeres da mesa (da cama?)

Esse almoço ocorreu depois de um desses momentos em que os guias foram fundamentais.
Saíamos de uma caminhada pelo Cerro San Cristóbal (um dos passeios imperdíveis), já eram
13:30 (hora boa para almoço até para os chilenos) e a fome rondava solta. Tínhamos tomado (comido?) um mote com huesillos (foto ao lado) uma bebida muito geladinha, que mistura pêssegos, sua calda e grãos de trigo cozidos e uma empanada de carne, cebola e ovo (empanada de pino). Tudo uma delícia, mas o passeio que fizemos a seguir já tinha aberto o apetite de novo.

Vimos um restaurantezinho bem pequeno, logo na saída (do funicular) e quase ficamos por lá mesmo.
Intuição ligada! Abre o guia! Surpresa!
Logo ali perto, um restaurante que eu tinha colocado como uma de minhas prioridades: Como água para chocolate. Caminhamos duas quadras, aproveitamos para ver qual o caminho para chegar na casa de Neruda, ali pertinho, depois ao almoço.

A decoração é muito original, a começar pela cama, logo na entrada.
A idéia toda por trás da decoração e do cardápio é a culinária afrodisíaca. Me deu vontade de ver o filme, depois de estar lá.
O Ton pediu um dos pratos indicados no guia (olha a cara dele quando viu o prato!), o Filete de Dionísio - medalhão recheado com espinafre, champignon, alcachofra e um feijão com molho à base de creme de leite. Cada garfada era um "aí, que delícia!"....
Eu, que já tinha abusado no dia anterior, comi uma salada maravilhosa, com folhas de mil tipos, tiras de maçã, carne de frango e um tempero maravilhoso.
Mais fotos. Além da foto no meu perfil, essas também foram tiradas lá.


sexta-feira, 10 de abril de 2009
Santiago do Chile - Os três guias
Invejo as pessoas que tem a capacidade de sair para uma viagem com um mínimo de preparação e sem nenhuma noção do que verá/fará quando chegar ao destino. Ainda vou tentar um dia desses fazer isso, mas, por enquanto, e até que minhas viagens possam ser extendidas por mais do que 5 dias, o medo de surpresas ruins ainda supera a vontade de se surpreender com coisas boas, logo, guias são fundamentais.
Nessa viagem, contei com três: um lindinho, de papel, que andou comigo todos os minutos; outro que se expressou em pessoas atenciosas, que nos contaram um pouco da história do Chile enquanto nos levavam ou caminhavam ao nosso lado nos nossos passeios; e o último, meu guia espiritual - a intuição.
O de papel foi escolhido com muito cuidado. Apesar da facilidade que temos hoje em dia de ler muita coisa antes de comprar (maravilhas do mundo moderno... se fosse assim quando eu era adolescente, eu teria lido todos aqueles "1000 livros que vc deve ler antes de morrer"), acabei comprando três e, depois de me familiarizar com eles, escolhi levar o da Coleção Viagem de Bolso, da Abril. A editora, Claudia Carmello, tem um blog muito legal, e dele,
tanto quanto do guia, tirei informações muito precisas sobre detalhes simples, mas fundamentais, como preços de corridas de taxi, de passeios, de jantares, lugares mais importantes (ela os chama de imperdíveis), indicações de hotéis e análises de outros viajantes sobre eles...
Aliás, blogs são bençãos dos céus quando você se depara com perguntinhas básicas tais como "que roupa eu levo? " lá está frio ou calor nessa época do ano?", "esse hotel que a agência está me indicando é bom mesmo?", "vale a pena eu subir esses trezentos degraus para ver a vista lá de cima?" (ah! escadas foram minhas penitências nessa viagem... rsrsrs).
Com um guia na mãos, o pouco tempo vira muito e bem aproveitado.
As pessoas! Não me esquecerei tão cedo do Jeff, equatoriano, que mora no Chile, trabalha para uma empresa em Campinas e fala português muito bem - foi ele quem me ajudou a não me perder nas explicações na visita guiada na casa de Neruda em Santiago, além de acrescentar muitas mais informações sobre a história política do Chile e nos oferecer carona para o próximo passeio.
Também o Sr. Luis, que nos levou para conhecer o oceano Pacífico, Valparaíso e a segunda casa de Neruda. Ou do Sr. Vitor Hugo, taxista que nos levou para o aeroporto na volta para casa, e aproveitou o trajeto para nos contar muitas coisas sobre a cidade.
Olha ele, aí do lado!
Intuição - compannheira de caminhada. Não é só ter os instrumentos que faz a música acontecer. É preciso saber como, onde e quando utilizá-los. E ficar de olhos e coração abertos. Nunca se sabe o que vem pela frente, mesmo com tudo planejado. E, nessas situações, muita coisa legal surge do nada e você pode nem perceber, se não estiver atento.
Nessa viagem, contei com três: um lindinho, de papel, que andou comigo todos os minutos; outro que se expressou em pessoas atenciosas, que nos contaram um pouco da história do Chile enquanto nos levavam ou caminhavam ao nosso lado nos nossos passeios; e o último, meu guia espiritual - a intuição.
O de papel foi escolhido com muito cuidado. Apesar da facilidade que temos hoje em dia de ler muita coisa antes de comprar (maravilhas do mundo moderno... se fosse assim quando eu era adolescente, eu teria lido todos aqueles "1000 livros que vc deve ler antes de morrer"), acabei comprando três e, depois de me familiarizar com eles, escolhi levar o da Coleção Viagem de Bolso, da Abril. A editora, Claudia Carmello, tem um blog muito legal, e dele,

Aliás, blogs são bençãos dos céus quando você se depara com perguntinhas básicas tais como "que roupa eu levo? " lá está frio ou calor nessa época do ano?", "esse hotel que a agência está me indicando é bom mesmo?", "vale a pena eu subir esses trezentos degraus para ver a vista lá de cima?" (ah! escadas foram minhas penitências nessa viagem... rsrsrs).
Com um guia na mãos, o pouco tempo vira muito e bem aproveitado.
As pessoas! Não me esquecerei tão cedo do Jeff, equatoriano, que mora no Chile, trabalha para uma empresa em Campinas e fala português muito bem - foi ele quem me ajudou a não me perder nas explicações na visita guiada na casa de Neruda em Santiago, além de acrescentar muitas mais informações sobre a história política do Chile e nos oferecer carona para o próximo passeio.

Também o Sr. Luis, que nos levou para conhecer o oceano Pacífico, Valparaíso e a segunda casa de Neruda. Ou do Sr. Vitor Hugo, taxista que nos levou para o aeroporto na volta para casa, e aproveitou o trajeto para nos contar muitas coisas sobre a cidade.
Olha ele, aí do lado!
Intuição - compannheira de caminhada. Não é só ter os instrumentos que faz a música acontecer. É preciso saber como, onde e quando utilizá-los. E ficar de olhos e coração abertos. Nunca se sabe o que vem pela frente, mesmo com tudo planejado. E, nessas situações, muita coisa legal surge do nada e você pode nem perceber, se não estiver atento.
quarta-feira, 8 de abril de 2009
Santiago do Chile - parte II

Depois de ver as quase 550 fotos e os 17 vídeos que eu trouxe do Chile, um amigo meu (depois disso, mais amigo ainda), comentou que tinha visto pouca gente chilena nas fotos.... Estranho porque essa foi uma das minhas primeiras impressões, ao chegar em Santiago: o povo de lá se parece, em muito, com o do Brasil - bendita (maldita?) globalização! Tinha chileno pra burro nas fotos, e não se percebia nada de muito diferente.
Mas, numa coisa eles diferiam: não vi quase nenhum funcionário da prefeitura limpando ruas. Não havia aqueles serezinhos de roupas coloridas, de vassouras e pás nas mãos,

A princípio, achei uma falta de consideração com o povo, mas, prestando mais atenção, vi que não havia papéis, latas, copos, bitucas de cigarro ou qualquer tipo de lixo nas ruas e nos jardins maravilhosos das praças - o pessoal de lá não joga nada no chão!!!!!
Adorei!
Quando minha cidade crescer, queria que ela fosse assim!
Ah! As praças!
Muitas, lindas, gramados verdes muito bem cuidados e lotados de namorados conversando e se beijando nos finais de tarde. Muito romântico.
O vídeo da música "O Corvo", do Ton, foi gravado numa dessas praças - o Parque das Esculturas.

Aproveitei para ter uma aula de arte com ele, e trocamos idéias muito interessantes sobre as obras e sobre a vida.
Uma escultura mais linda que a outra, e, como primeiro passeio meu em Santiago, deixou uma idéia de que o que estaria por vir seria muito bom.
As fotos desse post são desse parque.
segunda-feira, 6 de abril de 2009
Voltei!

Santiago é uma maravilha de cidade! E, pra quem acha que um fim de semana é suficiente para conhecer os principais pontos, eu digo: não dá nem para começar!
Gente boa, a chilena!
Quando voltei ao Brasil e fui recebida aos gritos por um agente da Polícia Federal, lembrei com carinho das palavras do Ton enquanto andávamos pelas ruas: ele me pedia para falar mais baixo (sangue italaino danado, que me faz falar alto, gesticular muito e não deixar nada barato), respeitando a calma e o respeito do povo de lá pelo espaço alheio. Centro da cidade e um barulhinho leve - nenhum escapamento de carro, nenhuma moto gritando "eu tô aqui", nenhuma conversa alta, pessoas caminhando devagar e falando baixo umas com as outras...
Igualzinho São Paulo, onde trabalho.....
Demos sorte com a escolha do hotel - Orly - muito bem localizado, limpo, quarto espaçoso e pertinho do metrô. Café da manhã bom, mas nada parecido com a fartura dos hotéis da mesma classe no Brasil. Me pareceu que, para eles, vale mais o conforto e a sofisticação do ambiente do que uma grande quantidade de opções na primeira refeição do dia. Mas, como compensação, é ótimo chegar a qualquer hora de um passeio e ter à disposição, suco, chá, café, frutas e bolachinhas...

Os pesos economizados foram todos direcionados para comidinhas maravilhosas, mas, essa parte, eu conto depois.
Ah! as fotos !!

São de dentro do avião, pouco antes de chegar em Santiago. Não tinha como não chegar lá sorrindo, depois disso...
terça-feira, 24 de março de 2009
Ansiedade é meu nome....
Quarta que vem viajo para o Chile.
Como marinheira de primeira viagem típica, estou há alguns dias concentrada em não esquecer nada importante (seja o que pode e o que não pode levar/trazer, seja um mapa cuidadoso com estrelinhas brilhantes nas atrações imperdíveis e outras cositas mais), além de providenciar todos os detalhes para que cachorros (não são meus, mas são como se fossem), gatos, plantas e casas fiquem seguros e bem cuidados (filhos, nessas horas, são pessoas abençoadas...).
Comprei 3 guias, 2 malas, 1 bolsa nova e tenho zero momentos de sossego desde que me lembrei, há uns três dias atrás, que a viagem estava finalmente chegando.
Tenho certeza absoluta que vou descansar muito meus neurônios durante o passeio, mas, até lá, tomara que eles não entrem em curto-circuito.
Nos momentos de lucidez, me lembro que essa fase é uma parte divertida da viagem - planejar, decidir passeios e detalhes, escolher as roupas com as quais eu aparecerei nas fotos (4 giga dá para fotografar bastante!), pensar com gratidão nos reais gastos no cartão que me proporcionaram as quatro passagens grátis...
Vai ser a primeira vez que saio do Brasil.
Quando voltar, eu conto como foi.
Como marinheira de primeira viagem típica, estou há alguns dias concentrada em não esquecer nada importante (seja o que pode e o que não pode levar/trazer, seja um mapa cuidadoso com estrelinhas brilhantes nas atrações imperdíveis e outras cositas mais), além de providenciar todos os detalhes para que cachorros (não são meus, mas são como se fossem), gatos, plantas e casas fiquem seguros e bem cuidados (filhos, nessas horas, são pessoas abençoadas...).
Comprei 3 guias, 2 malas, 1 bolsa nova e tenho zero momentos de sossego desde que me lembrei, há uns três dias atrás, que a viagem estava finalmente chegando.
Tenho certeza absoluta que vou descansar muito meus neurônios durante o passeio, mas, até lá, tomara que eles não entrem em curto-circuito.
Nos momentos de lucidez, me lembro que essa fase é uma parte divertida da viagem - planejar, decidir passeios e detalhes, escolher as roupas com as quais eu aparecerei nas fotos (4 giga dá para fotografar bastante!), pensar com gratidão nos reais gastos no cartão que me proporcionaram as quatro passagens grátis...
Vai ser a primeira vez que saio do Brasil.
Quando voltar, eu conto como foi.
sábado, 14 de fevereiro de 2009
Nebulosa
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
Reflexo de luz multicor
Tava num onibus, em Sampa, saco cheio depois de um dia de trabalho cansativo e me imaginando ter ainda mais duas horas de fretado até chegar em casa e tomar meu merecido banho.
Levantei para descer no meu ponto e, perto da porta, vi, de costas, uma moça com uma bolsa enorme, cheia de cores e tecidos diferentes.
Na parada do onibus, como não podia deixar de ser, já que o dia tinha sido repleto de pequeninas contrariedades (e eu, trouxa, caí em todas) , acabamos por trombar no primeiro degrau...
Me desculpo, esperando encontrar mais um esbarrão ou uma cara feia (quando o humor tá mal, tudo fica pior) mas, no instante seguinte ao encontro de nossos ombros (bolsas?) a moça vira para mim, com um sorriso enorme nos lábios, e me cede a vez para descer, enquanto eu faço o mesmo.
Eu insisto, ela insiste e acabo descendo antes, não sem antes ouvir da moça sorridente:
"- Faço questão. Pode descer primeiro. Essa minha bolsa grande sempre me atrapalha."
Agradeço, até que meio sem graça.
Descemos uma atrás da outra, e, já na calçada, ganho um beijo na bochecha e um sonoro "Tchau! foi bom te conhecer."
Espanto total!
Não sei o nome, nem se vou encontrá-la algum dia de novo, mas, mal sabe ela como foi bom para mim tê-la conhecido.
Fiquei de bem com a vida por muitos dias por conta do nosso encontro.
Onde estiver, moça sorridente, não desista de ser como é.
Levantei para descer no meu ponto e, perto da porta, vi, de costas, uma moça com uma bolsa enorme, cheia de cores e tecidos diferentes.
Na parada do onibus, como não podia deixar de ser, já que o dia tinha sido repleto de pequeninas contrariedades (e eu, trouxa, caí em todas) , acabamos por trombar no primeiro degrau...
Me desculpo, esperando encontrar mais um esbarrão ou uma cara feia (quando o humor tá mal, tudo fica pior) mas, no instante seguinte ao encontro de nossos ombros (bolsas?) a moça vira para mim, com um sorriso enorme nos lábios, e me cede a vez para descer, enquanto eu faço o mesmo.
Eu insisto, ela insiste e acabo descendo antes, não sem antes ouvir da moça sorridente:
"- Faço questão. Pode descer primeiro. Essa minha bolsa grande sempre me atrapalha."
Agradeço, até que meio sem graça.
Descemos uma atrás da outra, e, já na calçada, ganho um beijo na bochecha e um sonoro "Tchau! foi bom te conhecer."
Espanto total!
Não sei o nome, nem se vou encontrá-la algum dia de novo, mas, mal sabe ela como foi bom para mim tê-la conhecido.
Fiquei de bem com a vida por muitos dias por conta do nosso encontro.
Onde estiver, moça sorridente, não desista de ser como é.
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