sexta-feira, 10 de abril de 2009

Santiago do Chile - Os três guias

Invejo as pessoas que tem a capacidade de sair para uma viagem com um mínimo de preparação e sem nenhuma noção do que verá/fará quando chegar ao destino. Ainda vou tentar um dia desses fazer isso, mas, por enquanto, e até que minhas viagens possam ser extendidas por mais do que 5 dias, o medo de surpresas ruins ainda supera a vontade de se surpreender com coisas boas, logo, guias são fundamentais.

Nessa viagem, contei com três: um lindinho, de papel, que andou comigo todos os minutos; outro que se expressou em pessoas atenciosas, que nos contaram um pouco da história do Chile enquanto nos levavam ou caminhavam ao nosso lado nos nossos passeios; e o último, meu guia espiritual - a intuição.

O de papel foi escolhido com muito cuidado. Apesar da facilidade que temos hoje em dia de ler muita coisa antes de comprar (maravilhas do mundo moderno... se fosse assim quando eu era adolescente, eu teria lido todos aqueles "1000 livros que vc deve ler antes de morrer"), acabei comprando três e, depois de me familiarizar com eles, escolhi levar o da Coleção Viagem de Bolso, da Abril. A editora, Claudia Carmello, tem um blog muito legal, e dele, tanto quanto do guia, tirei informações muito precisas sobre detalhes simples, mas fundamentais, como preços de corridas de taxi, de passeios, de jantares, lugares mais importantes (ela os chama de imperdíveis), indicações de hotéis e análises de outros viajantes sobre eles...

Aliás, blogs são bençãos dos céus quando você se depara com perguntinhas básicas tais como "que roupa eu levo? " lá está frio ou calor nessa época do ano?", "esse hotel que a agência está me indicando é bom mesmo?", "vale a pena eu subir esses trezentos degraus para ver a vista lá de cima?" (ah! escadas foram minhas penitências nessa viagem... rsrsrs).

Com um guia na mãos, o pouco tempo vira muito e bem aproveitado.

As pessoas! Não me esquecerei tão cedo do Jeff, equatoriano, que mora no Chile, trabalha para uma empresa em Campinas e fala português muito bem - foi ele quem me ajudou a não me perder nas explicações na visita guiada na casa de Neruda em Santiago, além de acrescentar muitas mais informações sobre a história política do Chile e nos oferecer carona para o próximo passeio.

Também o Sr. Luis, que nos levou para conhecer o oceano Pacífico, Valparaíso e a segunda casa de Neruda. Ou do Sr. Vitor Hugo, taxista que nos levou para o aeroporto na volta para casa, e aproveitou o trajeto para nos contar muitas coisas sobre a cidade.
Olha ele, aí do lado!

Intuição - compannheira de caminhada. Não é só ter os instrumentos que faz a música acontecer. É preciso saber como, onde e quando utilizá-los. E ficar de olhos e coração abertos. Nunca se sabe o que vem pela frente, mesmo com tudo planejado. E, nessas situações, muita coisa legal surge do nada e você pode nem perceber, se não estiver atento.

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