sábado, 18 de abril de 2009

Santiago do Chile - Bali-Hai

Na última noite, num repente, decidimos seguir a indicação do Sr. Guillermo, agente de viagens que cuidou de tudo para nós aqui no Brasil, e visitar o Bali-Hai. Ele tinha insistido tanto que, apesar se saber que seria caro (gastamos $22.000 cada um), resolvemos arriscar.

Lá se paga o jantar (aperitivo, entrada, prato quente e sobremesa) e um show de duas horas, num preço fechado.
A foto acima é da entrada do restaurante.
Cantores mais do que bons e shows de dança de todas as regiões do Chile. As caracterpisticas geográficas do país fazem com que cada região tenha músicas e danças típicas, bem diferentes umas das outras. Não faltou música brasileira, cantada em português por chilenas com um sotaque muito gostosinho.
Mas, me encantei mesmo com a decoração. Já mostrei o banheiro feminino, no último post.
Aliás, eu só fui até lá por insistência do Ton. Ele já tinha ido (no masculino, é claro!), e me disse algumas vezes : vai lá, só para dar uma olhada... Quando me decidi, ele mencionou por alto que eu deveria levar a máquina.... Achei estranho, mas fiz o que ele sugeriu.
Olha as fotos que eu tirei! As pias eram feitas de conchas gigantes, brilhantes e muito lindas!



























Mais fotos e um videozinho (tá meio distante porque, por reservarmos em cima da hora, só conseguimos uma mesa mais afastada do palco). A melhor mesa ficou para um grupo enorme de brasileiros, e muitos deles foram convidados para dançar no palco em algumas apresentações... Para falar a verdade, nessa hora, achei bom estar meio longe.....







sexta-feira, 17 de abril de 2009

Santiago do Chile - os prazeres da mesa - parte 2



















Esses são os painéis que indicam os toaletes no Liguria, aliás, num dos Ligurias, já que eles são três. Ficamos um bom tempo identificando atrizes e atores em diferentes épocas de suas vidas, antes de pedir nosso primeiro jantar em Santiago.

A decoração é uma loucura. Tem quadros e mais quadros de todos os tipos, cores para todo lado e garçons muito atenciosos.
Aliás, banheiro legal é o que não falta nos restaurantes de Santiago.

Esse ao lado é o toalete feminino do Bali-Hai(vocês devem achar que eu sou biruta, tirando foto de banheiro, mas, quando eu estava lá fazendo isso, tinha mais duas turistas fazendo o mesmo... conto mais detalhes num próximo post).

Continuando o jantar do Liguria, foi legal ver que nosso espanhol estava mesmo enferrujado. Foi uma dificuldade abrir o cardápio e entendermos grande parte do que estava escrito lá. Mas, o garçon que nos atendeu foi gentilíssimo - explicou com detalhes tudo o que perguntamos e acabamos jantando muito bem, ao som de músicas de vários tipos, mas, muita música brasileira, como em cada um dos demais locais que visitamos no horário das refeições.

Primeiro furo da viagem - aceitamos a sugestão do garçon para experimentar o vinho da casa. $ 6000. Na hora, pareceu razoável, pois ainda não estávamos craques com as contas de conversão de $$ e com o valor das coisas no Chile.

Depois descobrimos que se compra uma garrafa de vinho com esse valor e que ele nem era tão bom assim.... Ficamos mais espertos a partir daí.

Mais fotinhos do Liguria. Ah! O jeito mais fácil de saber que você está num Liguria é prestar atenção nas toalhas das mesas: sempre em xadrez vermelho e branco, com guardanapos em xadrez preto e branco.




quinta-feira, 16 de abril de 2009

Santiago do Chile - os prazeres da mesa (da cama?)

É o que parece mesmo. Uma cama (linda, por sinal) feita de mesa , num restaurante muito original.

Esse almoço ocorreu depois de um desses momentos em que os guias foram fundamentais.
Saíamos de uma caminhada pelo Cerro San Cristóbal (um dos passeios imperdíveis), já eram 13:30 (hora boa para almoço até para os chilenos) e a fome rondava solta. Tínhamos tomado (comido?) um mote com huesillos (foto ao lado) uma bebida muito geladinha, que mistura pêssegos, sua calda e grãos de trigo cozidos e uma empanada de carne, cebola e ovo (empanada de pino). Tudo uma delícia, mas o passeio que fizemos a seguir já tinha aberto o apetite de novo.

Vimos um restaurantezinho bem pequeno, logo na saída (do funicular) e quase ficamos por lá mesmo.
Intuição ligada! Abre o guia! Surpresa!
Logo ali perto, um restaurante que eu tinha colocado como uma de minhas prioridades: Como água para chocolate. Caminhamos duas quadras, aproveitamos para ver qual o caminho para chegar na casa de Neruda, ali pertinho, depois ao almoço.
A decoração é muito original, a começar pela cama, logo na entrada.
A idéia toda por trás da decoração e do cardápio é a culinária afrodisíaca. Me deu vontade de ver o filme, depois de estar lá.
O Ton pediu um dos pratos indicados no guia (olha a cara dele quando viu o prato!), o Filete de Dionísio - medalhão recheado com espinafre, champignon, alcachofra e um feijão com molho à base de creme de leite. Cada garfada era um "aí, que delícia!"....

Eu, que já tinha abusado no dia anterior, comi uma salada maravilhosa, com folhas de mil tipos, tiras de maçã, carne de frango e um tempero maravilhoso.

Mais fotos. Além da foto no meu perfil, essas também foram tiradas lá.









sexta-feira, 10 de abril de 2009

Santiago do Chile - Os três guias

Invejo as pessoas que tem a capacidade de sair para uma viagem com um mínimo de preparação e sem nenhuma noção do que verá/fará quando chegar ao destino. Ainda vou tentar um dia desses fazer isso, mas, por enquanto, e até que minhas viagens possam ser extendidas por mais do que 5 dias, o medo de surpresas ruins ainda supera a vontade de se surpreender com coisas boas, logo, guias são fundamentais.

Nessa viagem, contei com três: um lindinho, de papel, que andou comigo todos os minutos; outro que se expressou em pessoas atenciosas, que nos contaram um pouco da história do Chile enquanto nos levavam ou caminhavam ao nosso lado nos nossos passeios; e o último, meu guia espiritual - a intuição.

O de papel foi escolhido com muito cuidado. Apesar da facilidade que temos hoje em dia de ler muita coisa antes de comprar (maravilhas do mundo moderno... se fosse assim quando eu era adolescente, eu teria lido todos aqueles "1000 livros que vc deve ler antes de morrer"), acabei comprando três e, depois de me familiarizar com eles, escolhi levar o da Coleção Viagem de Bolso, da Abril. A editora, Claudia Carmello, tem um blog muito legal, e dele, tanto quanto do guia, tirei informações muito precisas sobre detalhes simples, mas fundamentais, como preços de corridas de taxi, de passeios, de jantares, lugares mais importantes (ela os chama de imperdíveis), indicações de hotéis e análises de outros viajantes sobre eles...

Aliás, blogs são bençãos dos céus quando você se depara com perguntinhas básicas tais como "que roupa eu levo? " lá está frio ou calor nessa época do ano?", "esse hotel que a agência está me indicando é bom mesmo?", "vale a pena eu subir esses trezentos degraus para ver a vista lá de cima?" (ah! escadas foram minhas penitências nessa viagem... rsrsrs).

Com um guia na mãos, o pouco tempo vira muito e bem aproveitado.

As pessoas! Não me esquecerei tão cedo do Jeff, equatoriano, que mora no Chile, trabalha para uma empresa em Campinas e fala português muito bem - foi ele quem me ajudou a não me perder nas explicações na visita guiada na casa de Neruda em Santiago, além de acrescentar muitas mais informações sobre a história política do Chile e nos oferecer carona para o próximo passeio.

Também o Sr. Luis, que nos levou para conhecer o oceano Pacífico, Valparaíso e a segunda casa de Neruda. Ou do Sr. Vitor Hugo, taxista que nos levou para o aeroporto na volta para casa, e aproveitou o trajeto para nos contar muitas coisas sobre a cidade.
Olha ele, aí do lado!

Intuição - compannheira de caminhada. Não é só ter os instrumentos que faz a música acontecer. É preciso saber como, onde e quando utilizá-los. E ficar de olhos e coração abertos. Nunca se sabe o que vem pela frente, mesmo com tudo planejado. E, nessas situações, muita coisa legal surge do nada e você pode nem perceber, se não estiver atento.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Santiago do Chile - parte II

Como eu dizia, o povo do Chile é gente boa.

Depois de ver as quase 550 fotos e os 17 vídeos que eu trouxe do Chile, um amigo meu (depois disso, mais amigo ainda), comentou que tinha visto pouca gente chilena nas fotos.... Estranho porque essa foi uma das minhas primeiras impressões, ao chegar em Santiago: o povo de lá se parece, em muito, com o do Brasil - bendita (maldita?) globalização! Tinha chileno pra burro nas fotos, e não se percebia nada de muito diferente.

Mas, numa coisa eles diferiam: não vi quase nenhum funcionário da prefeitura limpando ruas. Não havia aqueles serezinhos de roupas coloridas, de vassouras e pás nas mãos, que tanto sofrem em Campinas e São Paulo, com tanto lixo para recolher.

A princípio, achei uma falta de consideração com o povo, mas, prestando mais atenção, vi que não havia papéis, latas, copos, bitucas de cigarro ou qualquer tipo de lixo nas ruas e nos jardins maravilhosos das praças - o pessoal de lá não joga nada no chão!!!!!

Adorei!
Quando minha cidade crescer, queria que ela fosse assim!

Ah! As praças!

Muitas, lindas, gramados verdes muito bem cuidados e lotados de namorados conversando e se beijando nos finais de tarde. Muito romântico.

O vídeo da música "O Corvo", do Ton, foi gravado numa dessas praças - o Parque das Esculturas.

Aproveitei para ter uma aula de arte com ele, e trocamos idéias muito interessantes sobre as obras e sobre a vida.

Uma escultura mais linda que a outra, e, como primeiro passeio meu em Santiago, deixou uma idéia de que o que estaria por vir seria muito bom.

As fotos desse post são desse parque.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Voltei!

Cansaço alegre, de quem aproveitou cada minuto e ficou brava com aqueles que perdeu.

Santiago é uma maravilha de cidade! E, pra quem acha que um fim de semana é suficiente para conhecer os principais pontos, eu digo: não dá nem para começar!

Gente boa, a chilena!
Quando voltei ao Brasil e fui recebida aos gritos por um agente da Polícia Federal, lembrei com carinho das palavras do Ton enquanto andávamos pelas ruas: ele me pedia para falar mais baixo (sangue italaino danado, que me faz falar alto, gesticular muito e não deixar nada barato), respeitando a calma e o respeito do povo de lá pelo espaço alheio. Centro da cidade e um barulhinho leve - nenhum escapamento de carro, nenhuma moto gritando "eu tô aqui", nenhuma conversa alta, pessoas caminhando devagar e falando baixo umas com as outras...

Igualzinho São Paulo, onde trabalho.....

Demos sorte com a escolha do hotel - Orly - muito bem localizado, limpo, quarto espaçoso e pertinho do metrô. Café da manhã bom, mas nada parecido com a fartura dos hotéis da mesma classe no Brasil. Me pareceu que, para eles, vale mais o conforto e a sofisticação do ambiente do que uma grande quantidade de opções na primeira refeição do dia. Mas, como compensação, é ótimo chegar a qualquer hora de um passeio e ter à disposição, suco, chá, café, frutas e bolachinhas...
A rede do metrô de lá é enorme e cobre quase toda a cidade. Fácil chegar em qualquer lugar, mesmo à noite. Os taxistas são mesmo como eu havia lido em tantos blogs, muito gentis, mas negociadores até o fim. Economizamos muitos pesos discutindo com eles e regateando até conseguir preços aceitáveis para os nossos passeios.

Os pesos economizados foram todos direcionados para comidinhas maravilhosas, mas, essa parte, eu conto depois.

Ah! as fotos !!

São de dentro do avião, pouco antes de chegar em Santiago. Não tinha como não chegar lá sorrindo, depois disso...